domingo, 30 de março de 2014

sábado, 29 de março de 2014

sexta-feira, 28 de março de 2014

Pablo Pineda: "No quiero ser la excepción que confirme ninguna regla"



Postado por Maria Célia Becattini

El domingo clausurará en la Diputación las jornadas sobre Necesidades Educativas Especiales (http:fedunejornadasnee.weebly.com) organizadas por Fedune



Pablo Pineda, primer Síndrome Down maestro de Educación Especial de Europa. - AGUSTÍ CATALÁN


ARACELI R. ARJONA 26/03/2014

--¿De qué tiene previsto hablar este domingo en las jornadas sobre escolarización de alumnos con necesidades especiales?

--Explicaré cómo creo yo que debe ser la escuela inclusiva, esa escuela en la que quepamos todos.

--¿Qué necesita un niño Síndrome Down para desarrollar todo su potencial en el colegio?

--Lo primero, que los padres y los profesores confíen en él. Y luego que lo estimulen mucho, de forma constante y con paciencia, porque a veces no cogemos las cosas a la primera. Y algo importante, no hay que agobiarse por el futuro, por saber qué será del niño cuando se que quede solo, sino centrarse en el presente.

--¿Cómo le trataron en el cole?

--Bueno, hablamos de otra época. Hace treinta años causé revolución porque era el primer niño Síndrome Down que encontraban en clase y muchos profesores mayores eran reticentes, pero acabé siendo feliz, sobre todo, al verme rodeado de otros niños.

--Los niños pueden ser muy crueles con el diferente, ¿no?

--Yo no estoy de acuerdo. Un niño ve a otro y lo primero que hace, de forma natural, es acercarse para jugar. La crueldad viene de los adultos que le enseñan. Recuerdo solo a un niño que se metía conmigo, Rogelio, que era bastante feo por cierto, pero no tuve problema porque los niños de mi clase saltaron como un resorte para defenderme.

--¿Cómo vivió la adolescencia?

--Feliz. Yo siempre he disfrutado mucho de las cosas. No fui nada rebelde, era bueno, obediente y estudioso... Es que yo no sé enfadarme, me cuesta horrores.

--¿Se ha sentido sobreprotegido por sus padres?

--Nunca. Somos cuatro hermanos y al ser una familia numerosa no podían sobreprotegerme, que es lo peor que le puede pasar a un Síndrome Down. Yo siempre recomiendo a las familias que les dejen que espabilen, que no los hagan dependientes.

--Usted estudió Magisterio de Educación Especial, el primer Síndrome Down de Europa con ese título. ¿Por qué maestro?

--De pequeño quería ser periodista o abogado, pero un profesor mío de Málaga, Miguel López, me animó a hacer Magisterio porque creía que podía ser bueno enseñando. Soy muy niñero (la Voz Kidsme vuelve loco) y sé cómo llegar a su nivel, puedo hablar su mismo lenguaje.

--¿Le resultó difícil la carrera?

--Es más difícil demostrar que puedes estudiar una carrera que estudiarla. Siempre hay alguien que no cree en ti, pero pasa el tiempo y esos mismos piensan: "Mira, pero si parecía tonto".

--¿Se considera una excepción?

--Lo excepcional en mí no soy yo sino lo que me ha rodeado, la estimulación y confianza que he tenido de mi familia, mis amigos... No soy ni quiero ser la excepción que confirme ninguna regla. Querer es poder y las cosas se consiguen luchando, yendo a muerte a por ellas.

--Hizo una película, Yo, también, y obtuvo la Concha de Plata por ella, pero no lo hemos vuelto a ver en la gran pantalla.

--Bueno, un Síndrome Down solo puede hacer de una cosa, de Síndrome Down, y yo ya había alcanzado lo máximo en ese papel. Intuía que podían encasillarme y me autocorté la coleta. Disfruté mucho la experiencia y me di por satisfecho.

--Siendo tan famoso, le habrán salido muchas novias.

--Tengo muchas fans y me gritan ¡guapo, guapo! cuando voy a algún festival, pero el Síndrome Down pesa más que la fama.

--¿A qué se dedica ahora?

--Trabajo para la Fundación Adecco, doy charlas en empresas sobre integración laboral.

Síndrome de Tourette

Postado por Maria Célia Becattini


quarta-feira, 26 de março de 2014

Solidariedade para sobreviver

Postado por Maria Célia Becattini 





Todas as espécies apresentam alguma forma de cooperação. Entre humanos, essa atitude não é uma exceção, mesmo que às vezes pareça: a generosidade é importante até para nossa evolução. Os mecanismos que governam a manifestação da cooperação se aplicam a todas as formas de organismo, de amebas a zebras (e mesmo, em alguns casos, a genes e outros componentes das células). Essa universalidade sugere que a cooperação tem sido uma força motora da evolução da vida na Terra desde o início. Além disso, há um grupo em que os efeitos da cooperação se mostraram especialmente profundos: o dos humanos. Milhões de anos de evolução transformaram uma criatura lenta e indefesa em uma das mais influentes criaturas do planeta, uma espécie capaz de inventar uma alucinante série de tecnologias que lhe permitiu descer às profundezas do oceano, explorar o espaço e transmitir essas conquistas ao mundo em um instante. Fizemos essas conquistas monumentais ao trabalharmos juntos. De fato, os humanos são a espécie mais cooperativa – supercooperativa, podemos dizer. A pergunta é: o que torna os humanos, em particular, os mais auxiliadores? Os humanos, mais do que quaisquer outras criaturas, oferecem ajuda com base na reciprocidade indireta, ou reputação. Apenas os humanos dominam totalmente a linguagem – e, por extensão, os nomes dos nossos pares –, o que nos permite dividir informação sobre todos, desde os membros próximos da família até completos estranhos do outro lado do mundo. Somos obcecados com quem faz o que para quem e por qual razão – temos de ser para nos posicionarmos melhor na rede social ao nosso redor. Vários estudos mostraram que pessoas decidem sobre tudo, de quais instituições de caridade ajudar até quais empresas iniciantes financiar com base, em parte, na reputação. A interação da linguagem e da reciprocidade indireta leva à rápida evolução cultural, condição central à nossa adaptabilidade como espécie. À medida que a população humana cresce e o clima muda, precisaremos fortalecer essa adaptabilidade e descobrir formas de trabalhar juntos para salvar o planeta e seus habitantes. Dado nosso atual histórico ambiental, as chances de atingir esse objetivo não parecem grandes. Aqui, também, a teoria dos jogos oferece insights. Alguns dilemas cooperativos que envolvem mais de dois jogadores são chamados de jogos de bens públicos. No clássico jogo dos bens públicos conhecido como Tragédia dos Comuns, descrito em 1968 pelo falecido ecologista Garrett Hardin, um grupo de criadores de gado que partilham uma pastagem permite que seus animais explorem exageradamente o gramado comunitário, apesar de saberem que isso acabará por destruir o recurso de todos, incluindo o dele. As analogias com as questões do mundo real relacionadas aos recursos naturais – do petróleo à água potável – são óbvias. Se os cooperadores tendem a desertar no momento de arcar com os custos dos bens comunitários, como podemos querer preservar o capital ecológico do planeta? Felizmente, nem toda esperança está perdida. Uma série de experimentos computadorizados realizados por Manfred Milinski, do Instituto Max Planck de Biologia Evolutiva, de Plön, na Alemanha, e seus colegas revelou vários fatores que motivam as pessoas a serem boas gestoras das coisas comuns nos jogos dos bens públicos. Os pesquisadores deram a cada sujeito € 40 e os colocaram num jogo via computador em que o objetivo era usar o dinheiro para manter o clima da Terra sob controle. Os participantes foram informados de que a cada rodada do jogo teriam de doar parte de seu dinheiro para um fundo comum. Ao fim de dez rodadas, se houvesse € 120 ou mais no fundo comum, então o clima estaria a salvo e todos iriam para casa com o dinheiro que sobrou. Se houvesse menos de € 120, o clima entraria em colapso e todos perderiam. Embora, no fim, os jogadores não tivessem conseguido salvar o clima, ficando poucos euros abaixo do determinado, os pesquisadores observaram diferenças em seu comportamento de rodada a rodada que apontam para o que inspira a generosidade. Eles descobriram que os jogadores ficavam mais altruístas quando recebiam informação confiável sobre pesquisas do clima, indicando que as pessoas precisam ser convencidas de que há realmente um problema para fazer sacrifícios pelo bem maior. Os jogadores também agiram mais generosamente quando se permitiu que as doações fossem feitas publicamente e não anonimamente – ou seja, quando sua reputação estava em jogo. Outro estudo de pesquisadores da Universidade de Newcastle, da Inglaterra, ressaltou a importância da reputação ao descobrir que as pessoas são mais generosas quando sentem que estão sendo observadas. Simulações evolucionistas indicam que a cooperação é intrinsecamente instável; períodos de prosperidade cooperativa inevitavelmente dão lugar à deserção destrutiva. Mesmo assim o espírito altruísta parece sempre se reconstituir; nossa bússola moral de alguma forma se reorienta. Não está claro onde nós, humanos, estamos neste ciclo agora, mas, certamente, poderíamos estar fazendo mais ao trabalharmos juntos para resolver os problemas mais prementes do mundo. Fonte: Mente&Cérebro Eduardo Caminada Junior

Purple Day - Dia do Roxo Conscientização sobre epilepsia - 26 de março

Postado por Maria Célia Becattini


terça-feira, 25 de março de 2014

Apresentação do Projeto Inclusão Instrução Ação - apresentado por Maria Célia Becattini

Maria Célia Becattini, diretora do projeto Inclusão Instrução Ação, faz um histórico de seu trabalho no voluntariado, fala da adoção de Pedro, seu filho Down, e finaliza informando os objetivos de seu projeto.

nossa fanpage: https://www.facebook.com/inclusaoinstrucaoacao?ref=hl
nosso twitter : https://twitter.com/Projnclusaoacao


Autismo: os 11 mandamentos dos pais


Postado por Maria Célia Becattini 


Escrito por Andrea Werner Bonoli em 12/jul/2013 em Autismo | 47 comentários

1. “Não manterás seu filho preso em casa”. Todos nós sabemos como é difícil sair com crianças autistas para restaurantes, viagens, shoppings, aniversários e outros eventos sociais. Muitas vezes, nossos filhos tendem a correr sem rumo, não sabem esperar e se sentem incomodados com a quantidade de estímulos que encontram no ambiente externo. Mas o único jeito de ensiná-los a se comportar nesses lugares – e a tolerar o excesso de estímulos – é estando com eles nesse momento. Não poupando-os e mantendo-os sempre na sua zona de conforto. Por outro lado, vivemos dizendo que o mundo precisa aprender a lidar com a diversidade. Mas como, se as pessoas que são “diferentes”, muitas vezes, mal saem de casa? Temos, também, esse papel social de acostumar a sociedade a conviver com a diferença dos nossos filhos. Se você vê seu filho como um “coitado” incapaz de conviver em sociedade, é assim que ele será visto pelos outros também. 

2. “Não terás medo de trocar as terapeutas” Por mais que a gente queira manter um certo distanciamento profissional, acabamos nos envolvendo com as terapeutas dos nossos filhos. E, quando notamos que aquela abordagem não está mais fazendo o efeito desejado, nos sentimos culpadas por sequer pensar em trocar aquela profissional…a gente acaba levando muito pro lado pessoal. Mas isso faz parte da vida: terapias param de funcionar. Você substitui e, daí há um tempo, pode ser que volte à primeira. É importante seguir o seu feeling. Faz quantos meses que você não nota nenhum progresso palpável no desenvolvimento do seu filho? Pode ser essa a hora de variar a abordagem. 

3. “Procurarás ter contato com outras mães na mesma situação” Esse, pra mim, é um dos principais. Quando nosso filho recebe um diagnóstico de autismo, nos sentimos sem chão. Acabamos confiando totalmente naquele médico que deu o diagnóstico e no direcionamento que ele vai dar para o tratamento. Isso não é errado nem ruim. Mas, acontece que há muitas mães por aí que, após longos anos nessa caminhada, acabam sabendo mais sobre tratamentos e abordagens que muitos médicos. Mães totalmente autodidatas e dispostas a compartilhar esse conhecimento. E você pode poupar um tempo precioso se resolver ouvi-las. Nada substitui a experiência de uma pessoa que passou pela mesma situação que você! 

4. “Questionarás a tudo e a todos” O médico sugeriu uma medicação? Tente entender o porquê e se ela realmente é indispensável. Uma conhecida te sugeriu um tratamento? Procure na internet, converse com outros pais, entenda se faz sentido. A terapeuta se fecha com seu filho na sala e você não sabe o que se passa durante a sessão? Solicite a ela uma filmagem para acompanhar. É seu direito como mãe ou pai! Você não pode ficar no escuro! Não aceite nada “goela abaixo” sem estar totalmente confortável e sem entender perfeitamente do que se trata. É da vida do seu filho que estamos falando. 

5. “Acreditarás no potencial do seu filho” Isso pode fazer toda a diferença. Se a criança sente que o pai ou mãe não acredita que ela pode superar seus próprios desafios, por que ela vai tentar? Se um profissional sente que os pais não levam muita fé naquela criança, por que vai se esforçar para fazê-la progredir? Acredite no seu filho! Ele vai retribuir! Acredite no seu filho! Ele vai retribuir! 

6. “Repetirás, persistirás e insistirás sempre” Muitas vezes, as crianças com dificuldades de aprendizado precisam de MUITA repetição para absorverem um comportamento ou habilidade nova. Isso pode ser extremamente cansativo para os pais. Lembro quando estávamos tentando ensinar o Theo a apontar para o que queria, aos 2 anos de idade, já com o diagnóstico de autismo. Pegávamos aquela mãozinha gordinha e miúda, esticávamos o dedinho indicador e falávamos “aponta, Theo, com o seu dedinho”. Quantas vezes eu chorei, quantas vezes eu pensei que era tudo em vão, porque ele parecia não fazer o menor esforço para esticar aquele dedo. Até que um dia…após um ano de tentativas, ele começou a apontar para tudo, frenético, sem parar! O mesmo aconteceu com o “dá”. Foi-se, aí, mais de um ano de tentativas. O uso do Ipad, também. Insista e nunca desista! Um dia, aquela habilidade vai vir! 

7. “Não compararás seu filho com as outras crianças” Apesar de ser muito, MUITO difícil, isso é uma coisa que temos que trabalhar. Assim que temos o diagnóstico, em meio ao luto e ao sofrimento, tendemos a comparar nossos filhos com outras crianças típicas da mesma idade. Isso é muito doloroso, porque logo percebemos a distância que há entre o desenvolvimento de uns e outros. Após algum tempo, passamos a comparar nossos filhos autistas com outras crianças no espectro. E isso também não é legal. Sempre vai haver uma criança que falou antes, ou que aprendeu a brincar de carrinho antes, ou que deixou as fraldas antes. O espectro é muito amplo, e se você fica comparando seu filho a outras crianças, perde o foco das características incríveis e únicas que só ele tem. Compare seu filho de hoje com quem ele era há 3 meses. Assim, fica mais fácil e mais justo, concorda? 

8. “Não falarás do seu filho como se ele não estivesse ali” Algumas crianças autistas podem não falar, mas entendem TUDO. Já cansei de ouvir relatos de mães de crianças que só falaram após os 6 anos de idade, mas que contavam coisas de quando tinham apenas 4…e não falavam. Imagine como deve ser ouvir uma pessoa falando de você, na sua frente, e você não conseguir se manifestar a respeito? 

9. “Não perderás o sono pensando no futuro” Ninguém sabe o que o futuro reserva. A ciência tem feito grandes progressos. As intervenções terapêuticas estão cada vez mais precisas. Acredite que tem algo de bom esperando o seu filho no futuro! Invista na independência dele e espere para colher os frutos. Faça a sua parte, mas não perca o sono pensando no “e se”. Isso só traz ansiedade, tristeza, e nenhum ganho para a família. 

10. “Aprenderás a levar a vida com mais leveza” A falta de tato social dos nossos filhos autistas provoca situações embaraçosas às vezes. O Theo, por exemplo, tem a mania de se aproximar das pessoas pegando no bumbum…falamos bastante disso nesse post AQUI. Claro que devemos ensinar sempre os comportamentos mais apropriados aos nossos filhos, mas que tal não morrer por causa de certas situações? Seu filho limpou a boca na roupa da tia? Peça desculpas a ela, diga a ele que é no guardanapo que ele deve limpar a boca e vá rir no cantinho. As coisas têm o peso que damos a elas, concorda? Theo metendo a mão na sobremesa Theo metendo a mão na sobremesa 

11. “Não terás vergonha de pedir ajuda” Vivemos correndo uma maratona. Matando vários leões por dia. Nossa vida não é fácil. Parece que a gente não pode nem se dar ao luxo de ficar doente (falei disso no último post). Se você está esgotado, não vê luz no fim do túnel, está deprimido, não consegue cuidar do seu filho como deveria, PEÇA AJUDA! Há vários grupos de pais na internet, várias ongs, várias pessoas dispostas a ajudar quem precisa. Nos Estados Unidos, quando uma criança é diagnosticada com autismo, é assumido que toda a família deve ser “tratada”. Todos precisam de suporte psicológico. Para que você possa ajudar seu filho, precisa estar bem. “Coloque sua máscara de oxigênio primeiro”. É uma frase batida, mas muito importante! 

segunda-feira, 24 de março de 2014

domingo, 23 de março de 2014

Inclusão de pessoas Down

Postado por Maria Célia Becattini


Brasília - Pessoas com síndrome de Down provam a cada dia que são capazes participar de atividades sociais e de trabalho no dia a dia. O instituto Ápice Down, que sobrevive financeiramente de vendas de calendários e agendas e têm parcerias com empresas funciona, na capital federal, há oito anos. Hoje, a instituição atende 640 crianças, adolescentes e adultos Down, por mês, no processo de inclusão e socialização.

Nesta quarta-feira (27), o Ápice lança sua campanha anual que tem como foco a participação das pessoas Down na prática de esportes. Andréa Quadros, uma das fundadoras e voluntárias do instituto, explicou que o motivo que a levou a estruturar a instituição foi “o direito que essas pessoas têm à humanização e à acessibilidade social”, disse.

Andréa disse que a entidade conta apenas com o esforço voluntário. Ela ressaltou que o crescimento do Ápice Down trás, como consequência, a necessidade cada vez maior de voluntários. Além disso não há preferência ou limitação para categorias profissionais. “Qualquer tipo de profissional é bem-vindo, já que temos mais de 300 crianças na fila de espera”. “Precisamos de pessoas e empresas que se habilitem a nos ajudar”, explicou Andréa.

Leia também outras notícias em Cidadania

Jéssica Mendes, que tem Down, está se formando no curso de fotografia pelo instituto. Ela fotografou o material de divulgação para o Ápice.“Eu gostei de fazer esse trabalho voluntário. Eu estou sempre me colocando a disposição deles e acabei tendo contato com a fotografia e com as crianças”, disse.

Aos 21 anos, ela conta que ao fotografar as crianças com Down sentiu uma forte emoção. “Eu [ao] fotografar as crianças é como se interagisse com elas. São meio bagunceiras, mas sempre estão ali para ajudar”, brinca. Jéssica conta que no curso de fotografia tem muitos amigos e não tem problemas por ser  ter a síndrome. Ao contrário, ela disse que “é um crescimento”. “Eu fui conversando com o pessoal, criando amizades, fui desenvolvendo a minha vida social com eles”.

Jéssica também faz pilates e diz que gosta muito do lugar por que ganha “autoestima” e deixa a aula sempre, sentindo-se “uma outra pessoa”. Ela tem dificuldades com alguns exercícios mas não desanima e está sempre disposta e pronta a dar a volta por cima. “Se tenho dificuldade, a professora vai e ajuda, está sempre me dando apoio”, conta.

Os calendários e agendas são a única forma de renda do instituto, portanto, serão comercializados. O Ápice Down tem ainda com atendimentos de fonoaudiologia, fisioterapia e orientação jurídica.

Edição: Marcos Chagas

sábado, 22 de março de 2014

Colhemos o que plantamos!

Postado por Maria Célia Becattini

Projeto no Rio oferece fisioterapia para pessoas com dificuldade de locomoção


Postado pos Maria Célia Becattini

22.03.2014, Portal EBC

Pessoas que precisam de tratamento fisioterapêutico poderão recorrer a alguns centros de Referência da Pessoa com Deficiência do município do Rio, que funcionarão em horários alternativos para atender pessoas com dificuldade de locomoção. O projeto foi lançado hoje (22) pela Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos e começa a funcionar na próxima segunda-feira em Irajá, na zona norte do Rio.


"Estamos negociando, já em fase avançada, para levar o serviço também ao centro de Santa Cruz [na zona oeste]. A ideia é ter oito centros no projeto até o fim do ano", disse o secretário Pedro Fernandes. Ele adiantou que na semana que vem outro pólo vai ser inaugurado no Shopping Via Brasil, também em Irajá.


O atendimento ao público contará com uma equipe de dez fisioterapeutas e será nos horários de 17h30 a 22h30, durante a semana, e das 8h às 17h, no fim de semana, para não haver concorrência com o público tradicional dos centros, que funcionam de segunda a sexta das 8h às 17h.


O serviço será aberto a toda a população e deve beneficiar principalmente idosos e pessoas em recuperação de acidentes. A previsão é que mil atendimentos sejam realizados por mês. Será feito um cadastro dos moradores do entorno e, quem tiver dificuldades de locomoção, poderá ser transportado por um carro do projeto.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Comemoramos hoje, dia 21 de Março, as pessoas com Síndrome de Down!

Hoje comemora-se o Dia Internacional da Síndrome de Down ... 
Mas preferimos comemorar as pessoas Down.
Preferimos comemorar o que elas têm nos demonstrado de capacidades e talentos!
E brindamos, com muito orgulho, esse sucesso...

Apresentamos o vídeo de um dançarino de tango, muito especial e charmoso - Pedrinho Becattini: 




Postado por Maria Célia Becattini

21 de Março - Dia Internacional da Síndrome de Down

Postado por Maria Célia Becattini


quinta-feira, 20 de março de 2014

Capacitação de 300 jovens com deficiência - UNEPE (Mato Grosso do Sul)



Postado por Maria Célia Becattini
20.03.2014, A Crítica

Acontece na terça-feira, às 9 horas no Teatro Prosa o lançamento do Projeto “Qualificação Profissional das Pessoas com Deficiência”. O projeto é desenvolvido pela Rede Brasileira de Cooperação ao Desenvolvimento (Unepe) com o patrocínio da Petrobrás e vai promover a inclusão de 300 jovens com deficiência por meio de qualificação profissional.

A Unepe é uma entidade beneficente de assistência social, que atua há 33 anos no assessoramento de mais de 40 entidades e prefeituras de Mato Grosso do Sul, além de prestar serviços de atendimento, defesa e garantia de direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade social.

O evento vai reunir inúmeras entidades locais e nacionais que atuam na área de assistência social. Diversas autoridades já confirmaram presença, entre elas representantes da Petrobrás, o governador de Mato Grosso do Sul André Puccinelli, o senador Delcídio do Amaral, prefeitos, deputados, vereadores, gestores da assistência social de diversos municípios, representante do Ministério do Desenvolvimento Social, das Apaes de Corumbá e Três Lagoas, além de profissionais da área, pessoas com deficiência e suas famílias.

Na abertura do lançamento, Naelson Ferreira, diretor-presidente da Unepe, apresentará a entidade e os objetivos do projeto. Já Elias Vieira de Oliveira, coordenador do programa Viver Sem Limites da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência vai falar sobre a importância da inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. E a apresentação inicial fica por conta do Choro Opus Trio, com o espetáculo Descendo o Sarrafo.

Inclusão no mercado de trabalho

Através do projeto “Qualificação Profissional das Pessoas com Deficiência” serão feitas capacitações nas áreas de Informática Básica, Operador de Máquinas Copiadoras e Repositor de Mercadorias e Empacotador. As Inscrições já estão abertas e as aulas acontecem nos meses de maio, junho e julho. Serão disponibilizadas 20 vagas em cada curso, com carga horária de 180 horas.

Podem participar pessoas com deficiência entre 19 e 29 anos de idade que estejam cursando no mínimo o ensino fundamental e/ou educação de jovens e adultos (EJA) ou outra modalidade (educação especial). O projeto terá a duração de dois anos com a previsão de mais duas etapas de cursos em 2015. Nos municípios de Corumbá, Três Lagoas e Sidrolândia, serão oferecidos cursos de Repositor de Mercadoria e Empacotador. Em Campo Grande os cursos são de Operador de Máquinas Copiadoras e Informática Básica.

Programa Petrobrás

A Unepe foi contemplada na seleção pública do Programa Petrobrás Desenvolvimento e Cidadania. Participaram do processo de seleção 3.439 projetos de todo território nacional e apenas 130 foram selecionadas, sendo apenas três de Mato Grosso do Sul. 

Grandes coisas começam a partir de seu interior!

Postado por Maria Célia Becattini



Modelos com síndrome de down estreiam

O grupo Amigos Especiais de Limeira, formado por pais de crianças com Síndrome de Down, realiza, a partir de hoje, atividades relativas à Semana Internacional da Síndrome de Down. A semana começa com uma exposição, onde os modelos são crianças e jovens com Síndrome de Down.


A abertura da 1ª Exposição Amigos Especiais ocorre hoje, no Pátio Limeira Shopping, às 20h. A mostra conta com 37 fotos de crianças, adolescentes e adultos com Síndrome de Down de Limeira, Iracemápolis, Piracicaba, São Paulo, Natal (RN) e Montenegro (RS). A exposição é gratuita e fica aberta à visitação até o dia 21 de março.

Amanhã, crianças com Síndrome de Down entrarão em quadra uniformizadas com os 12 jogadores da Winner/Kabum/Limeira no jogo contra Mogi das Cruzes pelo Campeonato Brasileiro. A equipe doará metade da renda obtida com a venda de ingressos para o grupo.
Na segunda-feira, às 19h30, o grupo Amigos Especiais de Limeira usará a Tribuna Livre durante a sessão ordinária da Câmara. Os pais apresentarão aos vereadores o trabalho do grupo e falarão sobre a Síndrome de Down. Esta também será a pauta de audiência agendada com o prefeito Paulo Hadich (PSB) na terça-feira.

As crianças com Síndrome de Down terão momento gratuito de lazer, oferecido pela Parks & Games do Pátio Limeira Shopping, no dia 19. Os pais interessados em levar os filhos devem manifestar interesse por meio do grupo Amigos Especiais de Limeira no Facebook. As vagas são limitadas.

O dia 20 está reservado para contação de histórias e teatro de fantoches. As crianças farão parte de evento com educadoras da Secretaria da Educação. Haverá duas sessões: 10h às 11h30 e das 13h às 14h30. A entrada no Teatro Nair Bello é livre.

A programação se encerra no dia 21 de março - Dia Internacional da Síndrome de Down. Famílias e amigos estão convidados para uma confraternização, que será realizada na boate do Gran São João, ao som do DJ Freeway, a partir das 20h. Cada família deve levar um prato de salgado e bebida. É necessário confirmar presença pelo e-mail amigosespeciaisdelimeira@gmail.com

Fonte: JLmais

Regar a alegria deve ser uma regra de vida!

Postado por Maria Célia Becattini



Juntos com as mãos coloridas!

Postado por Maria Célia Becattini





O mal tem cura!

Postado por Maria Célia Becattini



quarta-feira, 19 de março de 2014

Pessoas com síndrome de Down têm relacionamentos sim...



Postado por Maria Célia Becattini

Namoro Sério - Famílias compartilham experiências e especialistas dão dicas para que, no compromisso entre esses jovens, o amor e a informação superem qualquer barreira ou preconceito.

Por Priscila Sampaio Fotos Ricardo Alcará e Shutterstock

Casal Otavio e Daniela: ambos têm síndrome de Down e namoram há um ano e meio


Antigo tabu na medicina, longevidade dos Down traz questões para além do universo infantil

O que seria só mais um encontro do grupo Vamos Juntos* - dessa vez em um karaokê de São Paulo -, para Luis Otavio Almeida foi um momento especial. Ele conheceu Daniela Aparecida Lamim, olhou para seu rosto e sentiu algo: "Meu coração bateu muito forte, uma emoção que crescia dentro de mim, e ela é linda, mas é mais que isso, ela é legal!", afirma o apaixonado de 31 anos. Já Daniela, de 25 anos, viu o rapaz se aproximar e quando tocou em sua mão sentiu uma forte emoção. "Eu olhei para a boca dele e gostei, achei o Luis muito lindo", diz. Luis Otavio e Daniela têm síndrome de Down e namoram há um ano e meio. 
O namoro entre pessoas com a síndrome é comum e saudável. No entanto, alguns pais se veem em uma situação difícil e delicada quando se trata do relacionamento afetivo de seus filhos com Down. Uns aceitam e acham necessário, enquanto outros, por razões diversas, são contra um envolvimento sério, mas aprovam algum relacionamento. 
Conceição Maçães, dona de casa e mãe de Kátia, de 34 anos, percebeu que a puberdade da filha chegou aos 8 anos e com ela havia florescido a sexualidade da menina. Aos 16, Kátia apresentou o primeiro namorado para a mãe - a relação durou dois anos, mas ficou somente na escola. "Eu achei engraçado, legal e já sabia que dali não passaria, tanto que ela nunca disse que queria levá-lo em casa e eu também não o convidei. O namoro é uma coisa boa da vida, mas só na escola", diz Conceição. 
A mãe não conversou com sua filha sobre sexo. "Nunca falei com ela sobre isso, e não tive esses tipos de diálogos, mesmo porque eu acredito que minha filha não vai passar de namoro de abraço e beijo", afirma. 
Sobre casamento e sexo, Conceição é categórica em dizer que é contra. "Sexo para mim é só após o casamento. No caso de Kátia, não quero que ela tenha relacionamento sério, tampouco o casamento. Eu gostava muito da família do primeiro namorado dela, porque pensava igual a mim. Namoro é para se divertir, se distrair." 
De acordo com Conceição, Kátia é muito fechada e não dá abertura para uma conversa íntima, o que acaba dificultando um diálogo sobre sua vida emocional. 

Outro lado da moeda 
Com base na filosofia da abertura, no entanto, Bento Aparicio Zanzini e sua esposa, a publicitária Marivone de Castro Zanzini, conduzem as orientações para o filho Caio, de 23 anos. Seu interesse por meninas começou aos 13. De acordo com a mãe, a sexualidade do rapaz ficou aflorada, e nessa mesma época ele começou a namorar uma colega de escola. A publicitária percebeu o relacionamento em uma carona que ela deu à menina. "Eles estavam no banco de trás e começaram a se beijar e abraçar. Então vi que o carinho era além da amizade." 
Preocupado, o pai tomou a frente e teve uma boa conversa com o filho. Zanzini, de forma didática, explicou para Caio como lidar com masturbação, camisinha, relação sexual e regras sociais para o namoro, de forma que matasse a curiosidade do menino. A conversa séria, da qual a mãe não participou, ficou como um segredo entre os homens da casa. 
A família é de total acordo com o namoro entre pessoas com síndrome de Down. Segundo Marivone, a liberdade para o namoro é um direito que elas têm, desde que este seja de forma saudável e bem orientada, até mesmo para quando surgir o casamento, com sentimentos verdadeiros. Ela apoiará seu filho se ele casar.

Muitos preferem acreditar que os filhos com Down não sejam capazes de compreender os cuidados necessários para o sexo seguro.

terça-feira, 18 de março de 2014

Jovem com síndrome de down cria vending machine de HQs



Postado por Maria Célia Becattini
Jovem de 19 anos é considerado um exemplo para os empreendedores americanos
Da Redação - 18/03/2014



Chris Romberger: ele criou uma máquina de HQs (Foto: Reprodução)

Um jovem americano, portador da trissomia do cromossomo 21 (desordem genética que causa a síndrome de down), foi considerado uma grande inspiração para o empreendedorismo do país.

Chris Romberger, de 19 anos, funcionário do refeitório da Universidade de Villanova, criou uma vending machine que vende histórias em quadrinhos. Os alunos da instituição adoram a máquina e fazem fila para comprar os HQs.

Romberger, que também tem autismo, trata do negócio com carinho. A máquina sempre tem os últimos lançamentos da Marvel e da DC Comics e é bem cuidada e organizada – com os produtos mais novos sempre em destaque.

O garoto teve a ideia de criar a máquina após um passeio por uma loja de HQs. Ele adorou o espaço. Mas como não tinha dinheiro e nem experiência para tocar um negócio desse porte, ele – com a ajuda de um mentor profissional – criou a vending machine.

Em várias partes do mundo, especialmente no Japão, máquinas de venda de HQs e livros são comuns. Mas o invento de Romberger tem uma característica única e inovadora: é a primeira a vender apenas histórias em quadrinhos.

Com o sucesso, Romberger – apoiado pela mãe e o mentor – estuda ampliar o negócio e instalar máquinas de HQs em outras escolas e universidades. A ideia dele é ganhar dinheiro, claro; mas, também, dizer ao mundo que um problema genético não é o fim da linha para empreender.





DESCOBRI QUE ESTOU NO ESPECTRO AUTISTA

Postado por Maria Célia Becattini

Relatos dedicados a pessoas que se descobriram ou foram diagnosticadas como portadoras do Espectro Autista, que também podem ser chamadas de Aspies, autistas de alto funcionamento, autistas verbais, portadoras de autismo leve,ter sombra ou traços de autismo, ecos autísticos, mas a realidade é que todos estão no espectro autista, o transtorno continua sendo na comunicação, na socialização e na imaginação...só que cada ser humano é um "universo" então cada um se manifesta do seu jeito!!



"...é concebível que acabemos descobrindo mais e não menos mulheres autistas, assim que examinarmos melhor; talvez a célebre vantagem feminina na linguagem e inteligência social proteja algumas mulheres, nascidas com a herança genética do autismo, excluindo-as da categoria diagnosticável de "autismo de alto funcionamento" e incluindo-as na forma disfarçada e não manifesta do distúrbio.(...)" (John J. Ratey e Catherine Johnson, no livro "Síndromes Silenciosas", p.235 Ed. Objetiva)


"A alma dos diferentes é feita de uma luz além. Sua estrela tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os poucos capazes de os sentir e entender. Nessas moradas estão tesouros da ternura humana dos quais só os diferentes são capazes. Não mexa com o amor de um diferente. A menos que você seja suficientemente forte para suportá-lo depois". (Arthur da Távola)

segunda-feira, 21 de outubro de 2013


Olhando nos olhos ou não!

EM DEFESA AOS AUTISTAS (QUE FUNCIONEM OU NÃO)!!!!!

Não confundam RÓTULOS com DIAGNÓSTICOS!

O diagnóstico para os autistas normalmente é um problema, por falta de profissionais capacitados, pela falta de informação dos pais, pela dificuldade do próprio transtorno em si, e aí também se incluem os diagnósticos equivocados em crianças que não são portadoras...

É que estamos falando de "Transtorno do ESPECTRO autista", o que é "espectro"? Talvez alguns entendam como algo indefinido, um prenúncio, uma ameaça, um fantasma...

Então nos vemos diante do indefinido!

E quem precisa se conhecer para sobreviver?

Respeitemos estas nuances e não fiquemos presos aos estereótipos, pois funcionando ou não, falando ou não, COM ESTEREOTIPIAS OU NÃO, olhando nos olhos ou não, semelhantes ou não com as pessoas com dificuldades "normais" ou não...A condição de estar no espectro autista requer muita atenção e cuidado, pois senão não precisaríamos dos diagnósticos!!MUITO MENOS DE TRATAMENTO SÉRIO.

NÃO AOS RÓTULOS !! Mas não confundam com diagnósticos!!!!

Abraço e até breve!

Grace Caroline.
A Síndrome de Asperger pode passar despercebida por muitas pessoas que convivem com seu portador. É possível até que a própria pessoa com Asperger tenha dúvidas ou receio de um diagnóstico definitivo. “A maioria das pessoas que me conhece apenas me considera um pouco diferente”, afirma a bióloga responsável pelo blog “A síndrome de Asperger, a ciência e eu” (tradução livre do original em espanhol). “Minha vida não é diferente da maioria das pessoas”, afirma ainda a autora. “O que mudam são as habilidades e dificuldades, além da ajuda e tratamentos aos quais preciso recorrer para me transformar na pessoa que quero ser”.
Casada, mãe, com graduação e pós-graduação, a autora não se identifica totalmente e admite que poucas vezes comenta com as pessoas a quem conhece que é portadora da Síndrome de Asperger. “Foi muito importante para mim, entretanto, encontrar uma explicação para minha forma de ser”, afirma ela em relação ao diagnóstico.
Falando sobre seu modo de encarar o Asperger, a bióloga diz que não vê problemas em ser diferente, o que não significa que ela não tenha que fazer um esforço, às vezes muito grande, para aprender a viver em sociedade. “Provavelmente a ansiedade é o estado de espírito que mais me acompanhou em todos estes anos”. A solidão, o cansaço, o sentimento de não pertencer a lugar nenhum e a confusão também são frequentes, diz ela. “Tive alguns momentos de muita tristeza”.
Mesmo sentindo-se protegida em sua própria solidão, aos poucos ela entendeu que todos, iguais ou diferentes, pertencemos a um mesmo mundo, e portanto vale a pena fazer um esforço pela convivência, com otimismo. “Tenho uma linda família, harmoniosa, na qual o sentimento mais frequente é o amor”, resume ela. “Desfruto cada dia com eles, e ainda que nosso dia-a-dia seja muito diferente do de outras famílias, somos muito felizes”.
A síndrome de Asperger é considerada ainda uma grande vantagem pela bióloga, que trabalha como pesquisadora. “Tenho uma carreira que me fascina, e reconheço que no âmbito científico ter Síndrome de Asperger é uma grande vantagem”.
A internet também é considerada importante pela bióloga. “A maioria de minhas relações se iniciou por meio da internet, e muitas vezes, ainda que com esforço, ultrapassaram o campo virtual”.
Texto escrito por Silvana Schultze, do blog meunomenai.com
Baseado no texto “Pensando em voz alta”. Para ler o texto completo (em espanhol), clique no link: http://aspergeryciencia.com/mi-familia/
Abraço fraterno!
Até a proxima,
Grace Caroline.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Novo DSM V, desabafo!!!

Agora eu vou falar, doa a quem doer!!!!


AGORA TODOS SÃO AUTISTAS nos níveis LEVE, MODERADO E SEVERO.


Com todo respeito e admiração pelas mães das crianças e jovens com Transtorno do Espectro Autista em grau severo, para as quais eu quero deixar minha admiração e respeito.


A maioria das pessoas que me seguem já sabem que eu tenho dois filhos com T.E.A. (transtorno do espectro autista), sim agora a denominação é esta.


O DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), mudou, agora está na quinta edição é o DSM V. Se vc tem alguma dúvida sugiro esta leitura:(http://blogs.d24am.com/artigos/2013/05/30/autismo-e-o-dsm-v/).


"Com isso, eliminam-se as categorias de Autismo, síndrome de Asperger, Transtorno Desintegrativo e Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação e todos passam a ser Transtorno de Espectro Autista, que é divida nos níveis leve, moderado e severo. ( Camila Gadelha )"


AGORA TODOS SÃO AUTISTAS nos níveis LEVE, MODERADO E SEVERO.


Quando minha filha foi diagnosticada eu criei este BLOG, no qual eu faço a descrição:


"Relatos dedicados a pessoas em idade adulta que se descobriram ou foram diagnosticadas como portadoras do Espectro Autista, que também podem ser chamadas de Asperger, autistas de alto funcionamento, autistas verbais, portadoras de autismo leve,ter sombra ou traços de autismo, ecos autísticos, mas a realidade é que todos são autistas, o transtorno continua sendo na comunicação, na socialização e na imaginação...só que cada ser humano é um "universo" então cada um se manifesta do seu jeito!!"


Pois é, agora é regra.


A Síndrome de Asperger não foi excluída do T.E.A. e sim incluída!


O que eu quero dizer mesmo é que superamos todos os dias este transtorno que é seríssimo, a dificuldade que nós temos é gigantesca, não é porque falamos que não sofremos. Não é porque temos a capacidade intelectual preservada que não sofremos.

Na verdade autistas de alta funcionalidade e Aspies sofrem com todo o transtorno mental que nos segrega e limita, e o preconceito da própria classe o que é pior, pois tem gente achando bom que os Aspies foram tirados do DSM V. ignorância pura, pois foram incluídos!

O comprometimento na interação social e na comunicação é enorme seja qual for o grau, meus filhos falam sem parar e se não fosse o relato de terceiros eu nunca saberia o que acontece com eles fora de casa, eles sofrem abuso, maus tratos, e se eu perguntar como foi a escola ou o passeio eles respondem sempre: "Foi tudo bem" ou "Incrível" como diz a Anna.

Com esta fala que comunicação aconteceu???

Grace Caroline.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

MEUS FILHOS

Hoje senti a real necessidade de dizer:

"Meus dois filhos são diagnosticados com T.E.A. -Transtorno do Espectro Autista, Frederico (17 anos) com Síndrome de Asperger e Anna Elizabeth (7 anos) com Autismo Clássico.

Frederico enfrenta dificuldades na escola agora na adolescência, já sofreu com bullying, tem dificuldades para interagir com colegas e professores e também com os conteúdos escolares, fazemos acompanhamento médico e psicológico, e damos todo o apoio, com carinho e amor.

Anna Elizabeth é autista verbal, porém ainda usa a ecolalia (repetição de frases feitas) para se comunicar, considerada de alto-funcionamento, ou seja à sua maneira ela interage bem, não tem problemas com bullying na escola, sei que aceitação dos colegas é boa, tem amiguinhas dedicadas e protetoras, mas sei também que alguns pais pedem para seus filhos não sentarem perto dela. 
Pelo fato dela ser "comunicativa" e simpática as vezes é exigida além das suas possibilidades, ela não tem comprometimento cognitivo, e tem uma memória visual muito boa como alguns autistas.
Porém para acessar esta sua capacidade intelectual não é algo fácil, precisa de entendimento do assunto e disposição para quebrar as barreiras da imensa dificuldade que o autista tem para ter contato com a "nossa realidade", "nosso mundo", que definitivamente não é o mundo deles! "

Vou publicar aqui um trecho de um artigo que traduz um pouco do que estou tentando dizer:

" O autismo continua sendo uma incógnita como uma casa numa montanha. É visualizada por muitos, mas, o seu interior continua uma incógnita subir a montanha, é praticamente impossível, além da altura é predregosa, escorregadia. No entanto alguns alpinistas já conseguiram aproximar-se e abrir algumas fendas na rocha íngreme que contorna a casa.
Já é possível visualizar uma janela semiaberta como se lá dentro houvesse um alguém desconhecido á espreitar quem se aproxima desta casa tão bem protegida, alheia á tudo e a todos, mas, tão triste e solitária que chega a ser angustiante.
Assim é a prisão autística destes anjos que tem reações inconscientes que intrigam e, ao mesmo tempo induzem a todos que os conhecem, a refletir sobre as próprias reações conscientes. Este é apenas um lado da incógnita do autismo que continua firme lá, na altura da montanha, distante da nossa realidade, mas bem próxima do infinito."
(Trecho do artigo “O Autismo” extraído do site AMA-SC/http://www.amigosdoautista.com.br/)

Autismo de alto funcionamento:

"Eu gostaria de acentuar que chamar este transtorno de autismo de alto funcionamento, é inadequado porque o termo sugere que o autismo é de alto funcionamento, que o autismo é leve, quando na verdade o que você está querendo é denominar uma pessoa de alto funcionamento com autismo.

Então, essa pessoa pode ter um bom QI ou uma boa compreensão verbal ou uma boa expressão verbal, mas seu autismo é normalmente tão grave quanto o de uma pessoa descrita com autismo de baixo funcionamento.

Então, por favor: usem alto funcionamento para a pessoa, não para o autismo, de maneira a permitir uma compreensão mais profunda de quão grave o autismo pode ser, mesmo para alguém com Síndrome de Asperger..."

(Dr. Christopher Gillberg, em out/2005 no auditório do InCor em SP)

Dr. Simon Baron-Cohen, diz no seu livro "Diferença essencial: a verdade sobre o cérebro de homens e mulheres.":

"...Dirijo uma clínica em Cambridge para adultos com suspeita de serem portadores da síndome de Asperger. Esses indivíduos não tiveram os problemas detectados na família nem na escola enquanto ainda eram crianças.

Assim, atravessaram a infância e a adolescência aos trancos e barrancos, e chegaram à idade adulta acumulando dificuldades, até serem encaminhados à nossa clínica, desesperados pela falta de integração, por se sentirem diferentes.

Na maioria dos casos, esses paciente sofrem também de depressão clínica, já que não encontram um ambiente, em termos de trabalho e de companheiro(a), que os aceite em sua diferença. Querem ser eles mesmos, mas são forçados a "vestir" um personagem, tentando desesperadamente não ofender, dizendo ou fazendo a coisa errada, e ainda assim, sem saber quando vão receber uma reação negativa ou ser considerados" seres estranhos".

Muitos deles se esforçam em administrar um enorme conjunto de regras relativas ao comportamento em cada situação, e consultam de minuto a minuto uma espécie de tabela mental, buscando o que dizer e o que fazer. É como se tentassem escrever um manual de interação social baseado em regras de causa e efeito, ou como se quisessem sistematizar o comportamento social, quando a abordagem natural à socialização deve ser através da empatia.

Imaginem um livro bem grosso de etiqueta sobre como agir em jantares,...mas escrito em detalhes, para cobrir todas as eventualidades do discurso social.

Claro que é impossível aprender tudo, e embora alguns desses indivíduos brilhantemente quase consigam, acabam fisicamente exaustos. Quando chegam em casa depois do trabalho, onde fingiram interagir normalmente com os colegas, a última coisa que querem é socializar. Só pensam em fechar a porta do mundo e dizer as palavras ou praticar as ações que tiveram de reprimir o dia todo.

Gostariam que os outros dissessem o que pensam e que eles pudessem fazer o mesmo; não entendem porque não podem.

É difícil para eles compreender como uma palavra sincera pode ofender ou causar problemas sociais."...

POEMA EM LINHA RETA
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.


Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...


Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,


Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?


Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?


Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

Fernando Pessoa
(Álvaro de Campos)

Equoterapia: conheça a terapia que usa o cavalo como recurso!


Postado por Maria Célia Becattini
17/03/2014
por Ana Leite




A Equoterapia é um grande sucesso. Há anos se utiliza do cavalo e de todo o contexto relacionado a este animal para trazer benefícios a pessoas com uma variedade de doenças ou deficiências.

A ANDE, Associação Nacional de Equoterapia, definiu a “Equo”: “É um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais”.

Pois é, vários profissionais participam do contexto da Equoterapia e acrescentam, até de forma simultânea, suas técnicas e conhecimentos (equoterápicos e específicos da área de formação) durante a interação do praticante com o cavalo. Praticante é o “paciente”, é a pessoa que pratica a “Equo” em busca dos seus benefícios. Se você um dia assistir uma sessão de Equoterapia, poderá ver até dois profissionais nas laterais do cavalo, ao lado do praticante; são esses profissionais de áreas distintas e que a partir de um plano terapêutico atuam em conjunto. Basicamente, é isso.



“A Equoterapia emprega o cavalo como agente promotor de ganhos a nível físico e psíquico. Esta atividade exige a participação do corpo inteiro, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da força muscular, relaxamento, conscientização do próprio corpo e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio. A interação com o cavalo, incluindo os primeiros contatos, os cuidados preliminares, o ato de montar e o manuseio final desenvolvem, ainda, novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima.” A citação da ANDE explica de forma resumida tudo o que um praticante pode ganhar com a “Equo”. A terapia começa desde antes da montaria e pode se estender até a hora que o praticante não está mais montado e alimenta o animal.

Os praticantes na Equoterapia participam de “Programas”, ou seja, de fases que dependem das habilidades do cliente, mas não só delas:
Hipoterapia
Educação/Reeducação
Pré-Esportivo
Prática Esportiva Paraequestre

Cada uma dessas fases têm objetivos específicos e vão requerer do praticante e da equipe práticas específicas.

Se você se interessou pelo trabalho da Equoterapia e é profissional, é necessário fazer curso para estar apto para tal trabalho. A ANDE sempre promove cursos: olha aqui. Se você é familiar e gostaria de conhecer um centro de Equo no seu Estado, clica aqui.

Ah, se você é profissional e já trabalha com Equoterapia, que tal escrever mais detalhes e enviar para nós (contato@reab.me)? Ou quem sabe até, simplesmente comentar esse post e explicar melhor questões que você acha relevante para profissionais e familiares que querem entender mais? Espaço aberto para vocês!!

segunda-feira, 17 de março de 2014

UFMG lança programa para promoção da inclusão e acessibilidade de pessoas com deficiência


Postado por Maria Célia Becattini

segunda-feira, 17 de março de 2014, às 5h57

A UFMG lançou esta semana, o Programa Acadêmico de Promoção da Inclusão e Acessibilidade 2014 (Papia). O propósito da iniciativa, a cargo da Pró-reitoria de Graduação (Prograd), é fomentar ações de inclusão e acessibilidade de pessoas com deficiência, a partir de projetos propostos por professores, técnicos e gestores de setores acadêmicos da própria Universidade.

O edital que rege o processo de seleção dos projetos está publicado no site da Prograd. As inscrições serão abertas no dia 24 de março e podem ser encaminhadas até o dia 4 de abril, através de preenchimento de formulário eletrônico.

Toda a documentação – formulário eletrônico e termo de compromisso – deverá ser enviada exclusivamente por via eletrônica, para o endereço papia@prograd.ufmg.br, até 23h59 do dia 4 de abril.



Os projetos deverão atender um ou mais dos seguintes objetivos: oferecer bolsas para alunos de graduação da UFMG participantes de projetos voltados à promoção da inclusão e da acessibilidade nos vários espaços da Universidade; garantir ações efetivas de inclusão e acessibilidade que busquem aprimorar situações pedagógicas, instrumentais e de pesquisa; promover o desenvolvimento da sensibilidade às questões ligadas às pessoas com deficiência através da difusão de informações entre discentes, docentes e servidores técnicos e administrativos; promover a inclusão de alunos com deficiência no processo de construção do conhecimento; promover o estudo e construção de novas ferramentas e metodologias de ensino voltadas para as pessoas com deficiência.

Para estar em equilíbrio...

Postado por Maria Célia Becattini



domingo, 16 de março de 2014

Guia de orientação sobre o manejo comportamental de crianças com Autismo em condição de inclusão escolar: baixe o seu!

Postado por Maria Célia Becattini



A Memnon edições científicas está disponibilizando gratuitamente a publicação “Manejo comportamental de crianças com Transtornos do Espectro do Autismo em condição de inclusão escolar: Guia de orientação a professores” escrita por Laís Pereira Khoury e colaboradores. Esta obra traz orientações para professores sobre o manejo comportamental de crianças com Transtornos do Espectro do Autismo em condição de inclusão escolar.

Confira o Sumário:

Transtornos do Espectro do autismo

- Definição

- Problemas de comunicação, de interação social e de comportamento

- Dificuldades em habilidades cognitivas

- Dificuldades em habilidades de teoria da mente

Orientações a professores sobre a inclusão escolar e os Transtornos do Espectro do Autismo

- Como a Análise Aplicada do Comportamento pode ajudar o professor na avaliação e no manejo de problemas de comportamento nos TEA

- Tipos de comportamentos inadequados de maior prevalência em crianças e adolescentes com TEA

- Orientações a professores para manejo comportamental em sala de aula baseadas na Análise do Comportamento

Para baixar, copie o link: http://www.reab.me/guia-de-orientacao-sobre-o-manejo-comportamental-de-criancas-com-autismo-em-condicao-de-inclusao-escolar-baixe-o-seu/



ANA LEITE
Editora-chefe do Reab.me. Terapeuta Ocupacional (UFPE). Especialista em Tecnologia Assistiva (UNICAP). Mestre em Design e Ergonomia (UFPE). Consultora em Tecnologia para Reabilitação.

As inteligências de um ser humano abrem devagar, por etapas!

Postado por Maria Célia Becattini


(...) as inteligências em um ser humano são mais ou menos como as janelas de um quarto. Abrem-se aos poucos, sem pressa e pra cada etapa dessa abertura existem múltiplos estímulos.(...) É um erro supor que o estímulo possa fazer a janela abrir-se mais depressa. Por isso, essa abertura precisa ser aproveitada por pais e professores com equilíbrio, serenidade e paciência. O estímulo não atua diretamente sobre a janela, mas se aplicado adequadamente, desenvolve habilidades, e estas sim, conduzem a aprendizagens significativas (ANTUNES, 2000, p 19).

Quando criança amamos os diferentes...

Postado por Maria Célia Becattini



É preciso silêncio dentro da alma!

Postado por Maria Célia Becattini



sábado, 15 de março de 2014

Se você não faz, pelo menos não atrapalhe!

Postado por Maria Célia Becattini



21 de Março - Dia Internacional da Síndrome de Down

Vídeo
Vídeo comemorativo do Dia Internacional da Síndrome de Down


Postado por Maria Célia Becattini


Afinal, o que é dislexia?

Entenda a definição, os sintomas e o tratamento do distúrbio que atrapalha a leitura e a escrita

Por Luiza Tenente - atualizada em 13/03/2014 12h26


Postado por Maria Célia Becattini



Puxe pela memória o momento em seu filho escreveu as primeiras letras e leu uma frase. É inesquecível, não é mesmo? Após essa conquista, e durante toda a fase da alfabetização, é muito importante que você esteja sempre por perto para perceber se seu filho está com problemas no aprendizado. De imediato, as crianças podem sentir dificuldade para juntar as letras e formar as palavras. E isso é normal, claro. Mas, em alguns casos, o impasse se prolonga por mais de um ano.

Nessas situações, aprender a memorizar o alfabeto e os sons ainda é um obstáculo. A leitura é lenta e a criança não consegue compreender o sentido do texto. É capaz de copiar o que está na lousa, mas não escreve espontaneamente. O que isso significa? Esses comportamentos podem ser sintomas da dislexia – um transtorno de aprendizagem definido exatamente pela dificuldade em ler e escrever. Sons semelhantes são confundidos (T/D, P/B, F/V), há inversões (sapato/satapo), supressões (branco/banco), espelho (sol/los, bola/alob), repetição (bananana), divisão inadequada de sílabas (Eugos-todomeu-pai), entre outras distorções. A criança troca as noções de direita e esquerda, tem dificuldade de memorizar o alfabeto e fica estressada para ler em voz alta, por exemplo. Mas é importante reforçar: cada indivíduo apresenta algumas dessas dificuldades em diferentes graus. Não podemos generalizar e esperar o mesmo quadro para todos. Entre 25% e 30% dos casos, o déficit de atenção está associado ao transtorno – e deve ser tratado separadamente.

Mas quando podemos saber se é dislexia mesmo? “Não há diagnóstico fechado que possa ser feito precocemente. O fato de o bebê apresentar atrasos na fala não necessariamente significa que ele seja disléxico”, explica o neurologista infantil Abram Topczewski, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP). É importante que, nessa fase, seu filho seja atendido por um fonoaudiólogo, para não ficar defasado em relação às crianças da mesma idade.

Somente no período de alfabetização, uma equipe multidisciplinar poderá avaliar se realmente a criança tem o transtorno. Se você estiver desconfiado, procure um neurologista, um psicólogo e um fono, que realizarão testes clínicos. É possível que o baixo rendimento na escola seja ocasionado por outros motivos: falta de adaptação ao método de ensino da escola, ausência de estímulo, transtornos emocionais ou problemas na visão, por exemplo. Somente os especialistas terão condições de avaliar seu filho e encaminhá-lo ao tratamento correto.
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Descobriu que a criança tem dislexia? Não se desespere. Apesar de ser um transtorno permanente, os sintomas podem ser atenuados. É essencial que haja o acompanhamento de um fonoaudiólogo e o apoio de um psicopedagogo, que orientará a alfabetização em um método adequado para o seu filho, também pode ser uma boa opção. Por isso, procure a ajuda desse profissional assim que receber o diagnóstico. “É como um treino de corrida, que aprimora o desempenho do atleta. A prática da leitura vai facilitando, aos poucos, a velocidade e a compreensão”, afirma Topczewski. Quanto a criança vai progredir? Tudo depende do grau de comprometimento dela – se for de moderado a severo, é possível que a leitura sempre seja mais custosa e menos fluida.
Cuidado com a comparação

A criança talvez se sinta inferior aos amigos, por demorar mais a fazer as lições na sala, por exemplo. As cobranças da escola e da família também podem contribuir para que ela fique ansiosa. Se esse tipo de pressão gerar alterações emocionais, um psicólogo pode ajudar a aumentar a autoestima dela. Claro: a participação da família é importante! Você deve entender que a dificuldade da criança não é resultado de preguiça ou falta de vontade dela. Leia com ela por alguns minutos, em voz alta, diariamente e use figuras para ilustrar as histórias. E mais: explique ao seu filho que dislexia não o faz menos inteligente que as demais crianças.

Um jeito divertido de tratar

Uma novidade, publicada no periódico científico Current Biology, mostrou ainda uma possibilidade futura (e divertida) de tratamento: videogames de ação. De acordo com estudo da Universidade de Pádua, na Itália, esse tipo de jogo auxilia que a criança lide com estímulos visuais e auditivos ao mesmo tempo – e que reaja diante deles ao apertar um botão do controle remoto, por exemplo. São as mesmas habilidades requeridas no processo de leitura.

No experimento, dois grupos (com disléxicos e não disléxicos), de indivíduos de 7 a 13 anos, participaram desse tipo de brincadeira: o primeiro brincou com um jogo de ação; o segundo, um game calmo. Dois meses depois das sessões constantes de jogos, os cientistas analisaram a habilidade de leitura das crianças com dislexia: as que haviam usado o videogame de ação melhoraram o desempenho. Já as do segundo grupo se mantiveram no mesmo estágio de capacidade de leitura. “Ainda é preciso desenvolver um método a partir dessa descoberta, mas o estudo é promissor. Uma das dificuldades do disléxico é exatamente associar estímulos gráficos e sonoros e elaborar uma resposta que faça sentido”, analisa Egeu Bosse, neuropediatra da rede de hospitais São Camilo (SP). “Desenvolver terapias sob a forma de aplicativos ou jogos pode ser uma forma de auxiliar a alfabetização com lazer.”

É importante que, além de seguir os tratamentos corretos, você comunique a escola sobre o diagnóstico de dislexia do seu filho. O professor deve perceber que a criança se distrai durante as aulas, por exemplo – já que o significado dos textos não faz sentido a ela, o assunto pode ficar desinteressante. Para evitar a dispersão, a equipe multidisciplinar que acompanha seu filho vai sugerir dinâmicas de aula que sejam adequadas para ele. Entre elas, evitar ditados, estimular o uso do computador para a escrita, permitir que a fala do professor seja gravada, encurtar a duração das tarefas e fazer provas orais são algumas das condutas da escola que podem ajudar a criança. Nas avaliações escritas, o tempo deve ser maior que o dos demais alunos e um auxiliar estará disponível para ler as questões em voz alta. Essas particularidades também podem ser requeridas no vestibular. O mais importante é que o professor faça um trabalho com as crianças da sala para evitar que seu filho seja deixado de lado. Basta explicar como funciona a dislexia!

Outra fonte: Dislexia: como lidar, de Abram Topczewski (Ed. All Print Editora, 2012)