segunda-feira, 18 de maio de 2015

Cinco lições à América Latina do maior ranking global de educação

Publicado por Maria Célia Becattini

Alejandra MartinsBBC Mundo

14 maio 2015Compartilhar
Estudo vê relação entre desempenho econômico de um país e a qualidade de seu ensino

"O futuro da América Latina realmente depende do que acontece em suas escolas."

Eric Hanushek, professor da Universidade de Stanford (EUA) e um dos mais respeitados acadêmicos especializados em Educação, é um dos autores do novo relatório internacional que mostra, mais uma vez, o enorme abismo entre os estudantes latino-americanos e os do leste asiático.

O ranking divulgado na quarta-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o mais amplo publicado até agora, compara o desempenho de estudantes em Matemática e Ciências em 76 países, com base nos testes internacionais, como o PISA.

Com o excelente desempenho de seus estudantes, Cingapura lidera o ranking, seguida por Hong Kong, Coreia do Sul, Japão e Taiwan.

O Brasil está na 60ª posição, atrás de outros latino-americanos como Chile, México e Costa Rica e um pouco melhor do que Argentina e Colômbia.

Leia mais: PIB do Brasil pode crescer '7 vezes' com educação para todos, diz OCDE

Mas o relatório vai mais além do ranking e vincula a educação em cada país ao futuro de sua economia.

Qual seria o crescimento econômico de países da região se seus estudantes alcançassem um nível básico de desempenho em Matemática e Ciências?

A seguir, cinco lições que o relatório ensina para os países latino-americanos:
1) A educação ruim faz mal à economia

O relatório diz que as falhas educacionais de um país cobram seu preço não apenas em oportunidades perdidas a milhões de adolescentes, mas também impacta a economia do país inteiro.

A conclusão é de que, se o Brasil proporcionar educação básica universal eficiente para todos os adolescentes de 15 anos, pode ajudar seu PIB a crescer mais de sete vezes nas próximas décadas.

E se todos os adolescentes do México cursassem o Ensino Médio e obtivessem um nível básico em Matemática e Ciências - ou seja, capacidade em raciocinar e resolver problemas com os conceitos aprendidos -, o PIB do país poderia ser 551% maior em 80 anos. O PIB da Argentina também cresceria 693% nessas condições.

"Claro que há considerável incerteza (nas projeções do PIB)", diz Hanushek à BBC Mundo. "Mas mesmo se reduzíssemos as projeções pela metade, veríamos que as mudanças em educação representam melhorias dramáticas no bem-estar de toda a população."
2) 'Educação de qualidade e petróleo não se misturam'

O exame PISA mostra uma relação negativa entre o dinheiro que os países ganham a partir de seus recursos naturais e as habilidades de seus estudantes.

"Em países com poucos recursos naturais, como Finlândia, Japão ou Cingapura, a educação é muito valorizada em parte porque toda a população entendeu que o país tem de ganhar a vida com o seu conhecimento - e este depende da educação", diz o estudo.

Leia mais: Você é mais inteligente que um estudante de 15 anos?
Desempenho depende mais das habilidades dos estudantes do que das origens sociais

Qual o recado, então, para a Venezuela, rica em petróleo, e o Brasil, onde os royalties da exploração do pré-sal serão destinados à educação?

"No curto prazo, os países conseguem grande parte de sua renda com seus recursos naturais. Mas cada vez mais, à medida que o mundo se move em direção a economias baseadas em conhecimento, a renda e o desenvolvimento dependerão do que as pessoas sabem - o que chamamos de capital de conhecimento das nações", afirma Hanushek.
3) O que importa é a qualidade

Educação universal e obrigatória é apenas um primeiro passo: o crucial são as habilidades transmitidas aos alunos.

"Os estudantes da América Latina têm aprendido muito menos em cada ano escolar do que seus pares no leste da Ásia", afirma Hanushek. "Os latino-americanos passam muitos anos na escola, mas não aprendem nem de longe o que (aprendem) os estudantes de outros países."

Para o especialista, atualmente metade da população mundial é "analfabeta funcional" - já que até mesmo o conceito de alfabetização mudou.

Não basta saber ler e escrever, mas sim "ter capacidade de compreender e refletir criticamente sobre a informação, além de raciocinar com conceitos matemáticos e extrair conclusões baseadas em evidências."

Leia mais: 'Biblioteca a cavalo' atende região com vulcões, vilarejos e analfabetos

Por onde começar? O fundamental é chegar primeiro ao nível básico de Matemática e Ciências como uma base para uma aprendizagem mais profunda e uma melhor habilidade de interagir com outros em nível de ideias e conceitos, segundo Hanushek.
4) A alta renda de um país não o protege da educação ruim

Cerca de 25% dos alunos de 15 anos dos EUA não completam com êxito o nível básico do PISA em Matemática e Ciências.

E a maior potência mundial está abaixo do Vietnã no ranking da OCDE.

A conclusão é de que o mais importante é a forma como os recursos são gastos.
Desempenho de estudantes do leste asiático tem superado o de outras partes do mundo

Um dos fatores mais importantes é melhorar o nível e a habilidade dos professores, aponta Hanushek.

Leia mais: Finlândia ou tigres asiáticos: qual o melhor modelo de educação para a América Latina?

"As escolas devem reconhecer e premiar os professores mais eficientes e garantir que os menos eficientes recebam ajuda para melhorar. Ou desempenhem outras tarefas, nas quais não tenham uma influência negativa sobre crianças e adolescentes", opina o especialista.

O relatório cita o exemplo de sucesso do Brasil em melhorar, ainda que não em níveis suficientes, seu desempenho em Matemática, em parte por conta de iniciativas para melhorar o salário e a formação dos professores.
5: Valores são fundamentais

"Podemos aprender com os países que lideram o ranking", diz o relatório. "Eles parecem ter convencidos seus cidadãos a fazer escolhas que valorizam a educação acima das outras coisas."

Pais e avós chineses, por exemplo, costumam investir suas poupanças na educação de filhos e netos.

Outra ideia difundida em países de boa performance é que todas as crianças consigam alcançar um bom nível educacional.

Para Hanushek, "China e Cingapura ensinam que todas as crianças podem aprender, e não só as que vieram de lares privilegiados. E os pais devem se envolver na vida escolar de seus filhos."

Sobre a América Latina, Hanushek adverte que, sem melhorias na educação, a região estará cada vez mais distante do bem-estar econômico desfrutado por outros países.

"Mas se melhorarem seriamente suas escolas, podem ter benefícios econômicos sem precedentes. Não há alternativas. Se a América Latina quer competir e se desenvolver, tem de melhorar as habilidades de sua população."

Conheça 50 ferramentas online para professores

Publcado por Maria Celia Becatini
Postado por: Redação Em: Professores | comentário : 0


Olá leitores do Canal do Ensino!

Não é exagero afirmar que existem centenas de aplicativos educacionais espalhados pela rede, para todos os gostos e de todas as cores, por isso é difícil tentar juntá-los todos numa lista. Sem dúvida, alguns se destacam mais que outros, por sua inovação e por sua capacidade para conseguir adeptos, e eis abaixo as estrelas dessa lista baseada nas recopilações de EduArea:

1. Dropbox: Um disco rígido virtual com vários GB gratuitos e acessível desde quase qualquer dispositivo. Porém, sem dúvida, é muito mais que isso…
2. Google Drive: A evolução de Google Docs que se soma às suas múltiplas ferramentas de criação de documentos, um considerável espaço virtual gratuito.
3. CloudMagic: Uma extensão e uma app multi dispositivo para buscar informação simultaneamente no Gmail, Twitter, Facebook, Evernote e muitos outros serviços.
4. Jumpshare: Para compartilhar documentos em segundos e permitir sua visualização online, além de seu download. Ficam disponíveis na nuvem durante duas semanas.
5. Weebly: Uma ferramenta para criar sites web que se destaca por seu agradável editor visual e seu baixo custo, começando por um bem vindo plano gratuito.
6. Issuu: Também para compartilhar documentos porém principalmente aqueles cuja importância se encontra em seu conteúdo gráfico já que sua especialidade são as opções de visualização.
7. ePubBud: Um espaço para criar ebooks e publicá-los. Também serve para buscar exemplares embora para esta tarefa existam dezenas de alternativas.
8. Infogr.am: Para criar coloridas infografias interativas, com brilhantes ferramentas para ingressar e tratar dados graficamente incluindo uma mini folha de cálculo.
9. Text2MindMap: Uma ferramenta para criar mapas mentais através de um pequeno editor de texto e um quadro interativo muito fácil de usar.
10. EdCanvas: Para criar e compartilhar as lições das classes em formato digital.
11. TubeBox : para baixar vídeos do YouTube, Vimeo, DailyMotion, etc
12. ClassDojo : Para relatórios de gestão sobre o comportamento dos alunos, bastante útil para compartilhar com os pais
13. Animoto: Para muitos a melhor ferramenta para criar vídeos online a partir de material multimídia (fotos, vídeos, texto, etc.) armazenado localmente ou simplesmente usando o disponível na rede.
14. Todaysmeet: Uma rápida opção para criar salas de chat.
15. Slideshare: A melhor opção para criar e compartilhar apresentações com slides desde um canal pessoal, permitir sua visualização e um espaço para retro alimentar-se com os comentários.
16. Voki: Para criar um avatar que fala acompanhando as lições multimídia.
17. Screen Capture by Google (Google Chrome) e Screenshot (Mozilla Firefox): Extensões para tirar capturas de tela, guardá-las e/ou compartilhá-las via redes sociais. Se preferir um aplicativo de desktop Screenpresso é altamente recomendável.
18. RecordMP3: Para gravar e compartilhar áudio em mp3.
19. Diigo: A alternativa a Delicious para a gestão e captura de links.
20. Prezi: O sustituto do sonífero Microsoft PowerPoint que leva a um novo nível as apresentações graças às suas ferramentas interativas, visualizações fascinantes, elegantes estilos, um editor realmente simples, links a conteúdo online, etc.
21. Picmonkey: Um fascinante editor de imagens online, o sustituto -literalmente- de Picnik. Conta com filtros, opções para criar colagens e muito mais funções avançadas de fácil uso.
22. Loopster: Outro muito simples editor de vídeo online.
23. PlanBoard: Para planejar eficientemente as lições.
24. Scoop.it e Paper.li: Ferramentas de fixação de conteúdos web.
25. Socrative: Os laptops, tabletas e os smartphones já tomaram conta das aulas, sendo assim, é melhor tirar un mejor proveito, neste caso, com jogos, tarefas e exposições interativas entre dispositivos.
26. Join.me: Uma ferramenta para compartilhar tela e trabalhar em equipe.
27. Zamzar: Um potente conversor de arquivos em montes de formatos de documentos, imagens, vídeos, música, ebooks, etc.
28. Poll Everywhere: Criar rápidas enquetes com votações instantâneas via Twitter, SMS e mais.
29. VoiceThread: Para gravar e compartilhar todo tipo de material multimídia em forma de apresentações, com comentários em áudio e vídeo.
30. Evernote: Simplesmente uma ferramenta de notas de outro mundo. Seus variados usos para o mundo acadêmico vão desde a gestão de lições até a coleta de conteúdo multimídia na rede mediante seu capturador web.
31. TeachersPayTeachers: Intercâmbio de lições entre colegas.
32. Gnowledge: Um espaço para criar e compartilhar provas tipo teste e exercícios tanto com estudantes como com outros maestros.
33. Udemy: Para criar cursos online mediante eficientes ferramentas de gestão de conteúdos, de promoção, de assinatura e até de colaboração e até de colaboração graças a sua imensa comunidade que trascende continentes.
34. Plagiarisma.net: Uma das muitas opções online para detectar plagio nos textos.
35. Academia.edu: A mais ampla comunidade de acadêmicos que permite um fácil contato entre pares graças às suas opções para destacar interesses, áreas de interesses e localizações. Também é um bom espaço para encontrar e compartilhar papers.
36. Blogger: Para criar um blog em poucos minutos com a ajuda da fascinante plataforma de Google, o que facilita a integração de outros serviços da companhia para a gestão multimídia.
37. TED: Milhares de conferências em vídeo, sobre centenas de áreas do conhecimento, dadas por experts de nível mundial.
38. Wolfram Alpha: Todo o conhecimento mundial por trás de uma pequena caixa de busca. Uma das muitas coisas que faz é resolver todo tipo de exercícios matemáticos, se sobressaindo, inclusive, a outras brilhantes opções.
39. TinyChat: Uma sala de videochat muito agradável a qual permite o acesso através de redes sociais, até 12 pessoas compartilhando sua webcam e o resto comentando com mensagens.
40. Google+: A rede social do Google está a anos luz de distância de seus competidores no que diz respeito a integração de serviços (Drive e YouTube os melhores) e ferramentas eficientes como seus populares Hangouts. Isso só é no geral, pois os usoas acadêmicos são bastante variados.
41. Olesur: Para criar PDF’s com problemas de matemáticas, atividades de reforço e caligrafia, e mais recursos didáticos para imprimir.
42. Pinterest: Para organizar categoricamente todo tipo de material gráfico em pequenos grupos para logo compartilhá-los via redes sociais ou simplesmente mantê-los de forma privada. Um mockup especializado para a educação é Learni.st.
43. LaTeX Lab: Um editor de LaTeX online com a tecnologia dos documentos de Google.
44. Wiggio: Uma das muitas potentes ferramentas para os trabalhos em grupo, com listas de tarefas, calendário, enquetes, perfis e várias funções de interação.
45. WordPress.org: Similar ao Blogger na facilidade para a criação de blogs ou paǵinas web sobre qualquer tema, um pouco mais limitado em questão de uso de recursos porém muito mais elegante.
46. YouTube para escolas: Uma versão especial do YouTube para educadores onde se poderá dispor de centenas de vídeos acadêmicos de sites como YouTube EDU, Stanford e TED.
47. Khan Academy: Milhares de classes, de altíssima qualidade, em vídeo sobre diferentes campos do conhecimento oferecidas por maestros de todo o mundo. Qualquer um pode colaborar com o projeto.
48. Moodle: Uma plataforma livre para a criação de cursos tipo LMS, similar a BlackBoard porém, totalmente gratuita, com mais ferramentas interativas e uma ampla comunidade por trás de seu desenvolvimento e contínuo melhoramento.
49. Canvas: Também para a gestão de cursos, totalmente online (sem instalação em servidor próprio), muito mais elegante e mais fácil de utilizar.
50. Google Calendar: Para a gestão do tempo e as tarefas, embora também seja muito útil especificamente para criar calendários (por exemplo sobre horários de atenção a estudantes ou datas de exames e trabalhos) e compartilhá-los.

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Fonte: wwwhatsnew